sexta-feira, 16 de setembro de 2016

PRIMEIRO ENCONTRO DA CONFRARIA DA BIG TRAIL-BRASIL. ITÁ SC

Confirmamos para nossos amigos nossa ida. O Arno exigiu nossa chegada no dia sete de setembro para o churrasco patriótico do Fabiano (denominação que o Arno deu ao churrasco por ser sete de setembro.) ao meio dia, por sinal não só esse, mas todos os churrascos que o Fabiano fez no período que estávamos lá, estavam uma delícia. Claro, ele é especialista. Bom, falando de culinária, não podemos deixar de falar nas comidas que a Maria, Ane e o Arno fizeram, qual delas a melhor, eles são dedicados no que fazem. Podemos considerar o Arno um Chef, claro, a Maria igualmente. Embora Fabiano se diga tão bom quanto, mas, até agora só comemos churrasco de sua autoria. Bom! Mas isso é assunto para outra oportunidade.  Para chegarmos no horário do churrasco Patriótico a Manja sugeriu sairmos no dia seis bem cedo, afinal, fazia muito tempo que não andávamos de moto e o cansaço seria inevitável. Dia cinco amanheceu chuvoso, mas, tínhamos esperança de que no dia seguinte, quando sairíamos, estaria bom. Já com todas nossas bagagens arrumadas com uns três dias de antecedência, estávamos prontos para a partida, só torcendo para que o dia seis iniciasse com sol. Acordei e escutei a chuva batendo na janela, não era forte, mas, como nossa região não se contenta somente com chuva, tinha vento e para variar forte, fazendo com que a chuva se tornasse pior do que era. Como se tentando nos persuadir a continuarmos na cama. A vontade de seguir dormindo era grande. Confesso que pensei em convidar a Manja para desistir, ou viajarmos de outra modalidade. Ela como sempre foi decisiva: - Claro que vamos de moto. O encontro é de moto e combinamos com o pessoal (ela adora estar junto a eles). Não tive alternativa. Tomamos café, fechamos a casa e partimos. Com noite, chuva e vento. Ao entrarmos na rodovia, na primeira rajada de vento, vem aquela tradicional pergunta: O que estou fazendo aqui? Perguntei para a Manja se ela estava bem e logo me responde: Claro que sim, esse tempo passa logo, logo. É! Mas custaram uns bons quilômetros para passar. Finalmente passou e viajamos a maior parte do dia sem chuva. Meia tarde estávamos em Santa Cataria e a partir de onde estávamos poderíamos alcançar nosso objetivo bem fácil pela manhã. O Arno tinha nos aconselhado que em caso de ficarmos na estrada procurássemos ficar em Sarandi-RS mas conseguimos chegar em  Chapecó-SC que é uma das cidades de médio porte e por esta razão seria mais fácil encontrarmos hotel. Como tínhamos conseguido chegar a Chapecó e na entrada da cidade encontramos um hotel no qual simpatizamos NORTH HOTEL. Hospedamo-nos e logo tivemos a certeza que nossa intuição estava correta. Fomos atendidos pelo Matheus, muito cordial, educado e atencioso. Sabe aquele tipo de pessoa que proseia até a hora da partida. Quem passar por Chapecó, o lugar para se hospedar é esse. Na entrada no sentido de quem está chegando a Santa Catarina ao lado do primeiro posto Ipiranga da cidade. (sentido sul/norte)
Dia sete e nós novamente na estrada. Agora com um dia maravilhoso, mas, muito frio. A Manja fez contato com o Arno e ele e o Fabiano fizeram questão de ir nos esperar em Bom Jesus-SC, duas cidades antes de Entre Rios, nosso destino. Por alguma razão não puderam chegar a tempo e fomos indo até a próxima cidade que é Ipuaçu-SC e lá ainda na estrada fomos interceptados, primeiro pelo Arno e logo em seguida pelo Fabiano e a festa estava garantida. Chegamos à casa do Fabiano e estavam lá a Maria e a Ane. Mais festa. Como é maravilhoso encontrarmos com pessoas especiais! Proseamos muito, afinal, estávamos com saudades. Logo chegou o meio dia e o “churrasco patriótico” estava pronto. Churrasco ótimo, um descanso e o Fabiano já nos levou para o primeiro passeio. Fomos conhecer a ponte sobre o rio Chapecó, ponte de madeira um lugar muito bonito. Para fechar o dia, nos levou por uma estrada de cascalho (coisas de Fabiano) até a cidade de Xanxerê onde passeamos, tomamos café e voltamos para casa em Entre Rios. Tomamos mate, muita prosa, uma janta maravilhosa harmonizada com vinho chileno especial.  Estávamos prontos para dormir, afinal era só o início.
Dia seguinte agora dia oito de setembro. Acordamos com a Ane e o Fabiano levantando-se para irem trabalhar. Em seguida foi a nossa vez e a vez de Arno e Maria de se levantarem. Maria novamente na cozinha e fazendo um maravilhoso café, aqueles, tipo hotel cinco estrelas, que a gente não sabe por onde iniciar. Depois desse maravilhoso café voltamos para a estrada, desta vez com o Arno e a Maria. Arno havia combinado com o Fabiano que iríamos almoçar junto com ele em Abelardo Luz-SC, cidade onde o Fabiano trabalha. Chegando a Abelardo Luz, fomos direto conhecer a igreja e lá estava o Fabiano a nossa espera. Partimos para o almoço, muita prosa e principalmente muitas risadas, afinal estávamos novamente com o Fabiano. Depois de almoçarmos Fabiano foi para o trabalho e nós por alguns instantes aborrecidos, porque ficamos sem a companhia dele, quando ele sai o grupo fica bem menor afinal ele movimenta, quando não está contando piada ou histórias, está implicando com alguém do grupo, dando preferência ao Arno ou eu ou até mesmo com alguém que não seja do grupo é só darem oportunidade e pronto, chega o Fabiano, fazendo assim que todo ambiente fique agradável. Fomos fazer um tur pela cidade, levados pelo o Arno e a Maria na volta fomos conhecer as cachoeiras no Rio Chapecó em Aberlado Luz, lugar muito lindo. Mais uma vez o dia estava ganho. Passeamos mais e voltamos para casa esperar Ane e logo em seguida a “Figura”. Banho, mate, proza e adivinhem, novamente em torno de uma rica mesa organizado por Maria e Anne que fizeram empanadas típicas argentinas, cujo assador foi o Fabiano. As empanadas acompanhadas por um belíssimo vinho argentino para dar o clima portenho.  Muitas risadas, ufa! Finalmente cama.
Agora dia nove de setembro. Puxa! Como o tempo passa, mais ainda quando se quer que o relógio ande em ritmo do bicho preguiça. Vamos lá. Adivinhem? Novamente uma mesa de café cinco estrelas, organizada por quem? Claro por ela, Maria. Como já era sexta feira, Fabiano ficou conosco, não indo trabalhar. Pronto, mais um dia de diversão garantida. Sabem como foi nosso início do dia além do café cinco estrelas? Passeio pela cidade de Entre Rios passando é claro pelo supermercado para ele comprar carne e em pouco tempo Fabiano estava novamente na churrasqueira fazendo churrasco e a Maria em um forno de barro que a Ane tem dentro da cozinha assando pães. Quando nos demos por conta estávamos novamente em torno de uma rica mesa com um belo churrasco, claro, harmonizado por um maravilhoso vinho português. O povo da sesta foi descansar e os outros foram prosear até o nosso anfitrião levantar-se e nós convocar para um novo passeio. O quê? Novamente passear? Pensei que a tarde fosse livre para um descanso. Que nada! Fomos visitar umas minas de ametista que o nosso guia, ele é claro, tinha previamente agendado. Como contrariá-lo? Fomos até a mina, andamos por vários túneis, conversamos com o pessoal que nos contaram muitas histórias, passeio lindíssimo e novamente em casa. Banho, mate, prosa e adivinhem? A janta por conta do Arno, especialista em risotos que foi harmonizado com vinho português. Exercitamos até o autocontrole, afinal tínhamos que tentar dormir. Nosso passeio estava mais para um encontro gastronômico do que um encontro de moto.
Depois de uma rápida noite de sono, por sinal, aqui tudo é rápido. No dia dez de setembro, o pior, embora indo para o objetivo principal de nossa viagem, estávamos retornando para casa, ou seja, apesar de todos aposentados, voltávamos para nossa rotina e deixaríamos aquele povo amigo ainda que por pouco tempo. Bom! Vamos tentar não pensar nisso e aproveitar os dois dias que ainda temos com esse povo maravilhoso. Iniciar o dia junto com esse pessoal passa primeiro por uma bela mesa de café. O pessoal aqui não é fraco e nós voltaremos mais fortes. Claro, sempre que se volta de uma viagem volta-se mais forte, mas, desta vez também no que diz respeito ao peso. Novamente na estrada e na companhia do Arno, Maria, Fabiano e Ane. Nestas alturas se não fosse por estarmos retornando seria festa pura, mas, sempre tem aquele sentimento que no dia seguinte estaríamos eu e a Manja sós novamente na estrada que também é muito bom, mas...
Chegamos a Itá-SC local do Primeiro Encontro da Confraria Big Trail. Fomos direto para o hotel, ou seja, tentamos ir direto para o hotel, mas, o meu gps nos levou para o lado oposto, embora na mesma rua. Em uma viagem normal não seria nada de mais é só retornar e pronto. Mas, estávamos com quem? Ele é claro, o Fabiano. E não me deixou mais em paz por conta do gps. Está bem, tudo tem um preço e como não sou diferente paguei o meu.
Itá é uma cidade turística por conta da barragem de mesmo nome. A cidade foi inundada para dar origem à barragem da hidrelétrica, por isso foi construída uma nova cidade, planejada e muito bonita. Pontos turísticos belíssimos por conta da barragem, uma tirolesa bem extensa que também passa pela barragem, cuja tirolesa proporcionou uma bela aventura para as mulheres do grupo. Nós homens somos de esportes que proporcionam mais adrenalina tipo aqueles parquinhos de interior que depois que a roda gigante inicia a gente olha para baixo e pensa será que isso aguenta? Será que está bem montado? Aquela solda não está com jeito de ter sido bem feita. Hiiiiiii! Agora sim aquela cantoneira com muita ferrugem não vai aguentar. Nosso grupo é assim. Nós somos adrenalina pura. Tirolesa é brincadeira para as mulheres. Estou mentindo Arno e Fabiano?
Passamos o dia todo passeando, à tardinha fomos para o hotel, tomamos banho, descansamos um pouco e voltamos para o local do evento. Lá houve uma palestra e uma janta de confraternização. Proseamos com alguns conhecidos e terminamos mais um dia de muita alegria que passou muito rápido. Voltamos para o hotel, cansados e aborrecidos, porque dia seguinte nosso grupo começava bem cedo a se desmembrar.
Acordamos, agora dia onze de setembro bem cedo e para que o dia rendesse afinal, eu e a Manja faríamos 740 km. Colocamos as malas na moto e com muita dificuldade nos despedimos do Fabiano e Ane, eles voltariam para casa em Entre Rios-SC e nós voltaríamos com Arno e Maria até a cidade de Tio Hugo-RS, eles seguiriam para Santa Maria-RS e nós para casa em Rio Grande-RS. Despedidas difíceis e lá fomos nós todos em silêncio rumo a um posto de combustível para abastecer e tomar um café.
As motos abastecidas e prontas, pegamos a estrada rumo a Concórdia-SC, Erechim-RS, Passo Fundo-RS onde lanchamos e nos despedimos. Puxa! Mais uma despedida e lá fomos nós rumo a Tio Hugo. No viaduto o Arno e a Maria nos abanaram e mais um pouco de silêncio, agora só, eu e a Manja. É muito ruim despedidas, mas, o que nos conforta é que em breve estaremos juntos desta vez acho que de Motorhome. O resto da viagem foi tranquila. Nossa viagem vinha acontecendo com muito calor, tiramos um pouco de roupa e mesmo assim estava quente, mas, quando chegamos à cidade de Encruzilhada do Sul-RS, paramos para abastecer e sentimos a mudança do clima, estamos acostumados com o frio, mas tivemos que colocar roupa mais quente. Em Canguçu-RS paramos para um breve descanso e um lanche. Aí sim!!. O vento nos deu as boas vindas sendo muito forte e frio. Pronto agora sim, tivemos a certeza que estávamos em casa. Resta-nos somente colocar mais roupas, ou seja, as que saímos de casa e enfrentar mais centos e trinta quilômetros. Assim foi mais uma hora e pouco e estávamos em casa bastante cansados mais felizes por ter dado tudo certo e ter tido mais um excelente convívio com o Arno, a Maria, o Fabiano e a Ane.   
Agradecimentos é um sentimento muito nobre que estamos deixando de lado devido a competição e a prepotência de nós seres humanos e quando o fazemos quase sempre é aquela rasgação de seda, fazer para cumprir protocolo, mas, esses nossos parceiros são diferentes e de uma simplicidade impar que eu só vou dizer MUITO OBRIGADO que eles saberão que é do fundo da alma tanto minha quando da Manja.

Arno, Maria, Fabiano e Ane estamos prontos para próxima. VAMOS LÁ.